quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Quando nasce uma mãe?

Quando eu descobri que ia ser mãe, nem acreditava que Deus iria me conceder essa alegria: gerar um ser humano, fazer do meu corpo morada para uma pessoa que depois iria sair dele e simplesmente viver aqui nesse planeta louco, mas completamente maravilhoso!
Não tenho como descrever o que é isso...só passando por essa experiência para entender completamente a grandiosidade da gestação.
Ok, você passa pelas dores do parto (lutei muito para que viesse de forma normal, não deu). E depois que vocês se conhecem, daí essa coisa incrível chamado amor só tende a crescer e você não sabe mais onde termina seu filho e começa você ou vice-versa. 
Coisa de louco essa natureza humana! Essa coisa de ser bicho, igual a todos os mamíferos e ao mesmo tempo ser gente, cheio de falhas e sentimentos.
E quando você pensa que a coisa não pode crescer mais... você começa a amamentar(extrair amor em forma de leite para alimentar sua cria) e a loucura continua... por favor, quando eu falo loucura e coisa, leia-se qualquer coisa gigantesca que você não consegue explicar...
Mas um dia você percebe com muita frustração que você não está sendo suficiente para ele, precisa complementar o peito com leite artificial e você chora, mas não tem o quefazer, é a saúde do seu filho que está em jogo e você tem que fazer esse sacrifício, palavra essa que vai te acompanhar muito daqui pra frente... 
Você começa a dar o complemento, sentindo muito ciúme daquela mamadeira, mas você tenta passar por cima e como resultado vê sua lindeza ficar mais linda ainda...
Passar por vários pediatras até encontrar um que se afine com você é outra coisa que terá que passar, assim como ouvir as recomendações de o que fazer e não fazer com seu filho, as opiniões, os conselhos e as avaliações externas. Mas também verá ele recebendo tanto carinho, tanto amor que o olhar externo deixa de ser invasivo... ah e tem também a dor de ouvir seu choro ao tomar vacina, a felicidade do primeiro sorriso, do primeiro carinho dele em você e uma infinidade de vivências que vão surgindo dia após dia. 
Você quer protegê-lo de tudo e sofre porque sabe que nem sempre conseguirá, você quer que ele se desenvolva como as outras crianças e acima de tudo você quer que nada falte para ele... 
A minha próxima aflição é o retorno ao trabalho... mãe deveria ficar com seu filho exclusivamente durante um ano... nada menos que isso... principalmente quando você alimenta no seu peito... 
E o governo deveria ser obrigado a garantir isso... ter que se afastar do filho no quarto mês de vida dele para voltar a trabalhar é cruel com vc e com ele. Quem vai cuidar? Como vai ser? E se ele chorar sentindo minha falta? E olha que tem mães que precisam voltar antes disso.
Por enquanto é só... vamos vivendo as preocupações, os medos, as alegrias, as descobertas e tudo mais que vier pela frente...
A aventura é grande, está só no começo, e eu tenho em mim toda disponibilidade do mundo para aprender com ele a ser mãe... meu pequeno e grande João Miguel!


Goretti Feitosa

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