segunda-feira, 14 de julho de 2008


POEMA - CAZUZA


Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

quarta-feira, 9 de julho de 2008


Loucos e Santos - Oscar Wilde



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

segunda-feira, 7 de julho de 2008






Não vou lamentar

a mudança que o tempo traz, não

o que já ficou para trás

e o tempo a passar sem parar jamais

já fui novo, sim de novo, não

ser novo pra mim é algo velho

quero crescer quero viver o que é novo, sim

o que eu quero assim é ser velho.


Envelhecer

certamente com a mente sã

Me renovando

dia a dia, a cada manhã


Tendo prazer

me mantendo com o corpo são

eis o meu lema

meu emblema,

eis o meu refrão


Mas não vou dar fim

jamais ao menino em mim

e nem dar de, não mais me maravilhar

diante do mar e do céu da vida

e ser todo ser, e reviver

a cada clamor de amor e sexo

perto de ser um Deus

e certo de ser mortal

de ser animal

e ser homem


Envelhecer
certamente com a mente sã
Me renovando
dia a dia, a cada manhã

Tendo prazer
me mantendo com o corpo são
eis o meu lema
meu emblema,
eis o meu refrão


Eis o meu lema

meu emblema, eis minha oração

Eis o meu lema

meu emblema, eis minha oração
Lema - Ney Matogrosso

quarta-feira, 2 de julho de 2008


Ingrid Betancourt é libertada das garras das Farc na Colômbia

Assim caminha a humanidade