quinta-feira, 25 de junho de 2009


Morre Michael Jackson


Hoje o mundo perdeu um grande mito, um ícone de uma geração, mas também, um ser estranho, alguém que não aceitava a própria pele? um pedófilo? uma alma muito sensível? um adulto infantilizado? um Peter Pan?
De certo, só temos o talento musical, as belas músicas, as melodias completas, os clipes que tiravam o fôlego...
De resto, só muita especulação, uma grande incógnita, um mistério:
Quem era Michael Jackson?

Jamais saberemos!
Ou não...

Como diz minha amiga Ingrid: "é bizarro!"
Vá em paz...se conseguir!

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Enquanto os homens exercem
Seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais...

Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo
Indo e mais fundo
Tins e bens e tais...

Será que nunca faremos
Senão confirmar
A incompetência
Da América Católica
Que sempre precisará
De ridículos tiranos
Será, será, que será?
Que será, que será?
Será que essa
Minha estúpida retórica
Terá que soar
Terá que se ouvir
Por mais zil anos...


Caetano Veloso

quinta-feira, 18 de junho de 2009


A quem possa interessar...


Eu, sujeito predicado.
Eu, ser em constante transformação.
Eu,inquieta, subversiva, inconformada...
A revolução começa por nossas posturas!
Que nossos discursos não sejam o oposto da nossa prática.
Que nossa conveniência não seja a cegueira dos nossos ideais
Que nossa ideologia não vista a capa da tirania...
Que nossas ações sejam o reflexo da nossa consciência!
E que possamos lutar pelo bem geral, não o nosso bem geral!
E tenho dito...


segunda-feira, 15 de junho de 2009








Temos muito a aprender com os animais...

domingo, 14 de junho de 2009


NO TEMPO EM QUE EU ESCREVIA CARTAS...


Na minha adolescência descobri o fantástico mundo da escrita. Escrevia muitas cartas, pelo menos duas por semana e me correspondia com amigas que hoje nem sei como estão, nem em quem se transformaram. Era sempre um prazer receber aquele envelope que com certeza traria notícias, confidências e um ligeiro panorama de como era a vida do remetente. Tinha sempre um papel colorido, com perfume, aos quais eram dados o devido valor sentimental e estético. Tudo era importantíssimo, a escolha do papel, da cor, das figuras, dos adesivos, das palavras, das notícias selecionadas, das confissões compartilhadas. Era tudo muito mais concreto, a espera, a ansiedade, a emoção de abrir o envelope, ao mesmo tempo era mágico escrever cartas, mais ainda recebê-las.

Algumas dessas amigas moravam em cidades a algumas horas da minha. Mas agíamos como se estivéssemos em continentes diferentes, tão intensas eram as confidências.... As amizades se foram, mas as cartas, estas permanecem dentro de um bauzinho que guardo como um tesouro de um tempo mágico e divertido. Hoje moro na mesma cidade com boa parte das pessoas com quem me correspondia, mas se as vê-la na rua, certamente não reconhecerei, algumas só tenho notícias e outras sequer me mandam um “scrap” ou e-mail.

Pois bem, a comunicação mudou, as pessoas mudaram, tudo ficou mais rápido, mas a carta ainda é o meio mais romântico de se comunicar. Nela tem a letra da pessoa, tem um tempo dedicado a escrever pra você, depois colocar no envelope e mandar. Nunca o e-mail ou os “scraps” superarão a mágica do contato com o papel, do real em suas mãos... e não de coisas virtuais, insólitas, como algumas relações de hoje.

Tinha uma amiga com quem me correspondia que havíamos criados heterônimos para a gente. Éramos outras pessoas, embora sendo as mesmas... era uma diversão fingir ser outra pessoa e me corresponde com outra também inventada.

Ainda tenho todas as cartas da minha época de adolescência para quem sabe quando eu ficar “famosa” alguém possa publicá-las.
Depois da internet nunca mais escrevi outra carta, é tudo muito líquido, mal dá pra guardar e sem contar que você recebe um monte por dia e quase sempre sem a devida importância pra você.

Desejo voltar a exercitar esse retorno, recuperar os sentimentos que experimentei quando ficava na ansiedade de ter notícias e de enviá-las a quem quisesse, na certeza que alguém em outro lugar me receberia por entrelinhas.

sábado, 13 de junho de 2009

"Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Berruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem

Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem

Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem

Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem"


Ciranda da Bailarina - Chico Buarque

sexta-feira, 12 de junho de 2009


Quero viver de amor...

Love is my religion!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009


Estou off...

Doentinha!!!

terça-feira, 2 de junho de 2009



Minha casa é meu reino

Tenho amado ficar em casa, meu espaço, meu mundo. Estou na melhor fase caranguejo que conheço...uma preguiça de sair, uma vontade de ficar no meu aconchego, uma quase reclusão...parei o mundo!


Atrás da porta
Guardo os meus sapatos
Na gaveta do armário
Coloco minhas roupas
Na estante da sala
Vejo muitos livros
E a geladeira conserva o sabor das
refeições
Minha casa é meu reino

mas eu preciso de outros sapatos
De outras roupas, outros temperos
Para formar minhas ideias e meus sentimentos
Eu sou a soma de tudo que vejo
E minha casa é um espelho
Onde a noite eu me deito e sonho com as coisas mais
loucas
Sem saber porque
É porque trago tudo de fora
Violência e dúvida, dinheiro e fé
Trago a imagem de todas as ruas por onde passo
E de alguém que nem sei quem é
E que provavelmente eu não vou mais ver
Mas mesmo assim ela sorriu pra mim
Ela sorriu e ficou na minha casa que é meu reino


Biquini Cavadão